quinta-feira, 7 de outubro de 2010


DE SUA SANTIDADE, O DALAI-LAMA:

Por Anderson

UMA ÉTICA PARA O NOVO MILÊNIO
"Quanto mais coisas vejo no mundo,mais claro fica pra mim que,sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não,todos desejamos ser felizes e evitar os sofrimentos.
Constato que, de modo geral, as pessoas cuja a conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que se descuidam da ética.
Tentarei mostrar neste livro o que quero dizer com a expressão'conduta ética positiva'. Cheguei a conclusão de que não importa muito se uma pessoa tem ou não uma crença religiosa. muito mais importante é que seja uma boa pessoa.
Estas declarações podem parecer estranhas, vindas de um personagem religioso. Porém, sou tibetano antes de ser Dalai-Lama, e sou humano antes de ser tibetano.
Portanto como ser humano, tenho uma responsabilidade muito maior para com toda a família humana- uma responsabilidade que na verdade todos nós temos."
(texto estraido do livro tempo de transcendência, Leonardo Boff)

INVESTIR EM VOCACIONADOS ESTÁ FORA DE MODA


Por Guilherme La Serra

Se existe algo que tem me deixado triste, é o descaso de algumas igrejas no que se refere ao investimento em missões. Vou mais além, “em vidas”, vidas que, dedicam suas vidas às missões. É triste! Muito triste mesmo o que vem acontecendo. Parece-me que uma onda vinda de algum lugar que não do Espírito Santo têm anestesiado alguns “lideres” de instituições eclesiásticas. Andando pelos corredores do seminário é comum encontrar alunos abatidos e desmotivados. Quando lhes são pedidas as razões de suas aflições, comumente eu ouso: “É! Não está fácil! Eu trabalho o dia todo, pego ônibus, ajudo em casa, e me desdobro para servir na igreja, e mesmo assim o único apoio que recebo, são dois tapinhas nas costas aos finais dos cultos de domingo”. Às vezes observo alunos travando uma intensa luta entre a vontade de aprender e o sono advindo do exaustivo dia de trabalho. Ouvi outro dia um dos nossos colegas dizer ao término de uma das aulas enquanto corria: “deixe-me correr, meu filho de cinco anos está me esperando acordado para jantar, tadinho ele não dorme enquanto o pai não chega”. E a igreja? Bom, a igreja nada! Eu, particularmente não posso reclamar, a minha igreja tem me dado as mensalidades do seminário, e meus pais ainda têm me dito “filho, eu sei que está difícil aqui em casa, mas enquanto nós pudermos eu quero que nesse período da sua vida você só estude e se prepare”. Meus mantenedores são meus pais. Se as igrejas entendessem o seu papel eu não precisaria ver meus amigos sofrendo tanto. Ser pastor não é profissão é vocação, eu não vejo ninguém no seminário dizer “vale a pena estudar durante quatro anos, pois quando sairmos daqui teremos conforto, o mercado é promissor”. Infelizmente eu vejo que para algumas igrejas a vocação está fora de moda, pois o que está na moda é modernizar o templo, estofar suas cadeiras, investir em ar condicionado, afinal, a concorrência está batendo a porta. Investir e apoiar vocacionados para o ministério pastoral se tornou coisa do passado, coisa do tempo em que o reino de Deus ainda era mais importante. É claro que não estou generalizando, mas orem pelos nossos lideres, orem por nossas igrejas, orem para que pessoas possam ter a oportunidade de se preparar para servir. Vivemos em tempos difíceis onde lideres e igrejas despreparadas não tem sabido dar respostas aos anseios da alma. Tempos em que se dizer evangélico ou pastor tornou-se motivo de desconfiança e piadas. Tempos em que as igrejas têm se tornado lojas de conveniências e clubes sociais. E principalmente, não tem investido nos cada vez mais raros, porém, futuros líderes da igreja brasileira. Precisamos desenvolver um triângulo onde vocacionados, igrejas, e seminários estejam ligados tendo Deus no centro. A única coisa que ainda me conforta é saber que Deus nunca perdeu e nem nunca perderá o controle da história. É tempo de caminharmos juntos em prol do reino de Deus. Eu o desafio a parar por alguns instantes diante do seminarista da sua igreja (se ainda houver) e lhe perguntar: “como vão as coisas, como anda o seu coração?”.